Transtornos Neuropsiquiátricos




Doença Cerebral x Doença Mental



Penso que poderia ser doença cerebral Entendida como neurobiológica alguma patologia neurológica, ou algum acidente que levou um traumas, lesões, etc E uma doença mental poderia ser descrita como alguma doença da Psique, alguma psicopatologia, por exemplo.

Bom, Damásio propôs em seu livro: "O erro de Descartes" Seria uma doença cerebral que alguma patologia neurológica, ea doença mental, um reflexo de problemas de ordem "emocional" e "psicológico", quais os Poderiam ser resolvidos por psicoterapia.

A distinção entre doenças do "cérebro" e da "mente", entre problemas "neurológicos" e "psicológicos" ou "psiquiátricos", Constitui uma herança cultural infeliz que penetra na sociedade e na medicina. Reflete uma ignorância básica da relação entre o cérebro ea mente.

Doença Mental: Preconceito e Mitos

Existe ainda o não entendimento ou o pré-conceito acredita quando se fala em doença mental, onde-se que as doenças cerebrais são vistas como patologias que acometeram o indivíduo e isso não por culpa ele tem. Enquanto as doenças da mente, especialmente aquelas que afetam e uma conduta como emoções, são vistas como inconveniências sociais, nas Quais os Doentes Têm grandes responsabilidades.

E além do preconceito em relação à doença, também não existe este que se Refere uma medicação (ao tratamento farmacológico), muitas pessoas Negam se a tomar um antidepressivo ou até mesmo se envergonham em dizer que fazem uso deste tipo de medicamento. Fica elucidado então, o preconceito e mitos que ainda fazem parte do cenário das patologias de ordem mental, muitas vezes ocasionado pelo não entendimento a cerca deste tipo de doença.





Transtorno do Humor












DEPRESSÃO





O que é Depressão?


A depressão é uma doença "do organismo como um todo", que compromete o físico, o humor e, em conseqüência, o pensamento. A Depressão altera a sua experiência como uma pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela Afeta uma forma como se sente Em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas. Caracteriza-se por afetar o estado de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza.


Uma Depressão pode ser "química" apesar de ter causa externa?


SIM. A depressão pode começar uma Reativa algum problema externo, mas com o tempo se torna física. Do mesmo modo que Úlcera, Infarto, Gastrite, etc também são desencadeadas por um Stress físicas e se Tornam.

O problema é que os eventos de vida que desencadearam as primeiras depressões são cada vez menos Necessários. Ou seja: com o tempo ela pode aparecer sozinha sem nenhum motivo. É por isso que é importante tratar logo e de maneira completa.


Como se desenvolve a depressão?


Na depressão como doença (transtorno depressivo), nem sempre é possível haver clareza sobre quais acontecimentos da vida levaram um uma pessoa ficar deprimida, diferentemente das reações depressivas normais e das reações de ajustamento depressivo, nas quais é possível localizar o evento desencadeador.

As causas de depressão são múltiplas de maneira, que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a questões constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores cerebrais) somados um fatores ambientais, psicológicos e sociais, como o estresse, estilo de vida e acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, climatério , crise da meia-idade, entre outros.


Como se diagnostica a depressão?


Na depressão uma intensidade do sofrimento é intensa, durando uma maior parte do dia, nem sempre sendo Possível saber por que uma pessoa está assim. O mais importante é saber como uma pessoa sente-se, como ela continua organizando uma sua vida (trabalho, cuidados domésticos, cuidados pessoais com higiene, alimentação, vestuário) e como ela está se relacionando com outras pessoas, a fim de se diagnosticar uma doença e se iniciar um tratamento eficaz.

Para se diagnosticar depressão é preciso estado deprimido ou com falta de motivação para as tarefas diárias, por pelo menos duas semanas e pelo estar com cinco ou mais dos sintomas relacionados:

• Estado deprimido: sentir-se deprimido uma parte maior do tempo;

• anedonia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;

• Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;

• Dificuldade de concentração: habilidade freqüentemente diminuída para pensar e concentrar-se;

• Fadiga ou perda de energia;

• Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;

• Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;

• Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;

• Idéias recorrentes de morte ou suicídio.

De acordo com o número de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo pode ser classificado em três grupos:

1) Depressão Menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido ou anedonia;

2) Distimia: 3ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo;

3) Depressão Maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedonia.


Quais os fatores de risco para depressão?


Os fatores de risco são a história familiar de depressão, sexo feminino, idade mais avançada, episódios anteriores de depressão, parto recente, acontecimentos estressantes, dependência de droga.


O que sente a pessoa deprimida?


Freqüentemente o indivíduo deprimido sente-se triste e desesperançado, desanimado, abatido. Muitas pessoas com depressão, contudo, uma negam existência de tais sentimentos, que podem aparecer de outras maneiras, como por um sentimento de raiva persistente, ataques de ira ou tentativas constantes de culpar os outros, ou mesmo inúmeras ainda com dores pelo corpo, sem outras causas médicas que as justifiquem.

Pode também ocorrer uma perda de interesse por atividades que antes eram capazes de dar prazer à pessoa, como atividades recreativas, passatempos, encontros sociais e prática de esportes. Tais eventos deixam de ser agradáveis. Em relação ao sono pode ocorrer insônia, com uma pessoa tendão dificuldade para começar a dormir, ou acordando no meio da noite ou mesmo mais cedo que o seu habitual, não conseguindo voltar a dormir. São comuns ainda a sensação de diminuição de energia, cansaço e fadiga, injustificáveis por algum outro problema físico.

Como é o pensamento da pessoa deprimida?


Pensamentos Ocorrem com que freqüentemente as pessoas deprimidas são os de se sentirem sem valor, culpando-se em demasia, sentindo-se fracassadas até por acontecimentos do passado. Muitas vezes questões comuns do dia-a-dia deixam os indivíduos com tais pensamentos. Muitas pessoas podem ter ainda dificuldade em pensar, sentindo-se com falhas para concentrar-se ou para Tomar Decisões antes Corriqueiras, sentindo-se incapazes de tomá-las.

Freqüentemente uma pessoa pode pensar muito em morte, em outras pessoas que já morreram, ou na sua própria morte. Muitas vezes há um desejo suicida, às vezes com tentativas de se matar, achando ser esta a "única saída" ou para "se Livrar" do sofrimento, sentimentos estes provocados pela própria depressão. Esse aspecto faz com que a depressão seja uma das principais causas de suicídio, principalmente em pessoas deprimidas que Vivem solitariamente.


Quais os sentimentos que afetam uma vida diária e os relacionamentos de quem Possui depressão?


Freqüentemente a depressão pode afetar o dia-a-dia da pessoa. Muitas vezes é difícil iniciar o dia, pelo desânimo e pela tristeza ao acordar. Assim, cuidar das Tarefas HABITUAIS Tornar pode-se trabalhar como um peso, dedicar-se a uma outra pessoa, cuidar de filhos, entre outros afazeres pueden Tornar-se apenas Obrigações penosas, ou mesmo impraticáveis, Dependendo dos sintomas da gravidade. Dessa forma, o relacionamento com outras pessoas Tornar pode-se prejudicado. Dificuldades conjugais pueden acentuar-se, inclusive com um Diminuição do desejo sexual, desinteresse por amizades e por convívio social también fazer o concurso se isolar um indivíduo, até mesmo dificultando a busca de ajuda médica.


Como é o tratamento?


Como forma de tratamento temos os Antidepressivos São remédios que corrigem o metabolismo dos Neurotransmissores ea Psicoterapia ajuda, pois a Depressão Afeta uma pessoa como um todo e uma doença não se restringe apenas ao seu aspecto físico. Traços de personalidade assim como problemas atuais ou passados pueden ter algo a ver com uma Depressão. Existem várias técnicas de Psicoterapia e algumas são mais indicadas que outras.



Depressão na infância e adolescência


Depressão é uma doença crônica, recorrente, muitas vezes com alta concentração de casos na mesma família, que se manifesta não só em adultos, mas também em crianças e adolescentes.

Qualquer criança ou adolescente pode ficar triste, mas o que caracteriza os quadros depressivos nessas faixas etárias é o estado persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações familiares, as amizades ea performance escolar.


Antes da puberdade, o risco de Depressão e Apresentar o mesmo para meninos ou meninas. Mais tarde, ele se torna duas vezes maior no sexo feminino.

É muito difícil tratar depressão em adolescentes sem os pais estarem esclarecidos sobre a natureza da enfermidade, seus sintomas, causas, provável evolução e as opções medicamentosas.

A terapia comportamental mostrou Eficácia e parece dar resultados melhores do que outras formas de psicoterapia. Através dela procura-se ensinar aos pacientes como encontrar prazer atividades rotineiras em, Melhorar relações interpessoais, identificar e modificar os Padrões cognitivos que conduzem à depressão.


Como o abuso de drogas psicoativas e suicídio são conseqüências possíveis de quadros depressivos, os familiares Devem estar atentos e encaminhar os Doentes um Serviços Especializados assim que os primeiros surgirem Indícios de que os problemas da Depressão possam estar presentes.










Transtorno do Pânico




O transtorno do pânico ou síndrome do pânico é uma condição mental psiquiátrica que faz com que o indivíduo tenha ataques de pânico esporádicos, intensos e muitas vezes recorrentes. Pode ser controlado com medicação e psicoterapia. É importante ressaltar que um ataque de pânico pode não constituir doença (se isolado) ou ser secundário a outro transtorno mental.

Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) destas situações e começar a evitá-las.

Os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem nenhuma causa aparente. Os sintomas são como uma preparação do corpo para alguma "coisa terrível". A reação natural é acionar os mecanismos de fuga. Diante do perigo, o organismo trata de aumentar a irrigação de sangue no cérebro e nos membros usados para fugir — em detrimento de outras partes do corpo.

Os sintomas são desencadeados a partir da liberação de adrenalina frente a um estímulo considerado como potencialmente perigoso. A adrenalina provoca alterações fisiológicas que preparam o indivíduo para o enfrentamento desse perigo: aumento da frequência cardíaca e respiratória, a fim de melhor oxigenação muscular; e o aumento da frequência respiratória (hiperventilação) é o principal motivo do surgimento dos sintomas.

Alguns indivíduos enfrentam esses episódios regularmente, diariamente ou semanalmente. Os sintomas externos de um ataque de pânico geralmente causam experiências sociais negativas (como vergonha, estigma social, ostracismo etc.). Como resultado disso, boa parte dos indivíduos que sofrem de transtorno do pânico também desenvolvem agorafobia.


O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é exatamente o que ocorre em uma crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas totalmente inapropriadas. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que encontram-se em desequilíbrio são: a serotonina e a noradrenalina.

O Transtorno do Pânico habitualmente se inicia depois dos 20 anos, é igualmente prevalente entre homens e mulheres, portanto, em sua maioria, as pessoas que tem o Pânico são jovens ou adultos jovens, na faixa etária dos 20 aos 40 anos, e se encontram na plenitude da vida profissional. Normalmente são pessoas extremamente produtivas, costumam assumir grandes responsabilidades e afazeres, são perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos.

Os portadores de Pânico costumam ter tendência a preocupação excessiva com problemas do cotidianos, têm um bom nível de criatividade, excessiva necessidade de estar no controle da situação, têm expectativas altas, pensamento rígido, são competentes e confiáveis. Freqüentemente esses pacientes têm tendência a subestimar suas necessidades físicas. Psicologicamente eles costumam reprimir alguns ou todos os sentimentos negativos, sendo os mais comuns o orgulho, a irritação e, principalmente, os conflitos íntimos.

Essa maneira da pessoa ser acaba por predispor a situações de estresse acentuado e isso pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro, desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e conseqüentemente o aparecimento do Pânico.

Alguns traços de personalidade de pessoas propensas à Síndrome do Pânico

1. - Tendência a preocupação excessiva

2. - Necessidade de estar no controle da situação

3. - Expectativas altas

4. - Pensamento relativamente rígido (dificuldade em aceitar mudanças de opinião)

5. - Reprimem sentimentos pessoais negativos (não sabemos o que estão sentindo)

6. - Julgam-se perfeitamente controladas (duvidam tenham problemas emocionais)

7. - São extremamente produtivas (não relaxam, sempre estão fazendo algo)

8. - Assumem grandes responsabilidades (ocupacionais e familiares)

9. - Perfeccionistas

10.- Exigentes consigo mesmas (conseqüentemente, com os outros também)

11.- Não aceitam bem os erros ou imprevistos





Ataque de Pânico





Um ataque de pânico, também conhecido como crise de pânico ou crise de ansiedade, é um período de intenso medo ou desconforto, tipicamente abrupto.

Os sintomas ( variam de pessoa para pessoa e são no mínimo cinco para ser considerada uma crise) incluem tremores, calafrios, desrealização ou despersonalização, ondas de calor, dificuldade em respirar, palpitações do coração, náuseas e tontura. A desordem difere de outros tipos de ansiedade na medida em que o ataque de pânico acontece de forma súbita, parece não ter sido provocado e é geralmente incapacitante.


Os ataques de pânico são recorrentes (voltam) e caracterizam essencialmente este distúrbio. Essas crises se manifestam por ansiedade aguda e intensa, extremo desconforto, sintomas vegetativos associados e medo de algo ruim acontecer de repente, como por exemplo, da morte iminente, ou passar mal, desmaiar, perder o controle, etc. As crises de ansiedade no Pânico duram minutos e costumam ser inesperadas, ou seja, não seguem situações especiais, podendo surpreender o paciente em ocasiões variadas.

A característica essencial de um Ataque de Pânico é um período distinto de intenso medo ou desconforto acompanhado por pelo menos 4 dos 13 sintomas físicos citados abaixo.

O ataque tem um início súbito e aumenta rapidamente, atingindo um pico em geral em 10 minutos e é acompanhado por um sentimento de perigo ou catástrofe iminente. Os 13 sintomas físicos são os seguintes:

1 - Palpitações,

2 - Sudorese,

3 - Tremores ou abalos,

4 - Sensações de falta de ar ou sufocamento,

5 - Sensação de asfixia,

6 - Dor ou desconforto no tórax,

7 - Náusea ou desconforto abdominal,

8 - Tontura ou vertigem,

9 - Sensação de não ser ela (e) mesma (o),

10 - Medo de perder o controle ou de "enlouquecer",

11 - Medo de morrer,

12 - Formigamentos e

13 - Calafrios ou ondas de calor.



A falta de ar é um sintoma comum nos Ataques de Pânico. O rubor facial é comum em Ataques de Pânico ligados a situações relacionadas à ansiedade social e de desempenho. A ansiedade característica de um Ataque de Pânico pode ser diferenciada da ansiedade generalizada por sua natureza intermitente (em crises) enquanto na ansiedade generalizada a ansiedade não vem em crises, mas sim, continuada.

A importância dessa classificação quanto ao surgimento do ataque prende-se ao conhecimento de que:

a - A ocorrência de Ataques de Pânico inesperados é um requisito para o diagnóstico de Transtorno de Pânico (com ou sem Agorafobia).
b - Ataques de Pânico ligados a situações são mais característicos da Fobia Social e Fobia Específica.
c - Os Ataques de Pânico predispostos por situações são especialmente freqüentes no Transtorno de Pânico, mas às vezes podem ocorrer na Fobia Específica ou Fobia Social.


Apesar de um mal terrível e uma experiência extremamente desconfortante, é preciso salientar que a grande maioria das pessoas que recebem tratamento adequado livram-se dos sintomas através de medicamentos específicos, e também das fobias, através de uma boa terapia de acompanhamento; podendo retornar a uma vida normal, com muito mais comprometimento consigo mesmas.

A pessoa que sofre ou sofreu de pânico muda sua visão de mundo, direcionando a sensibilidade que lhe é peculiar para o lado positivo da vida. É importante saber que os ditos calmantess apenas livram a pessoa dos sintomas agudos, a curto prazo, mas o que realmente estabiliza os neurotransmissores, levando a uma remissão total dos sintomas físicos e psíquicos, são os antidepressivos, que não causam dependência e restabelecem os níveis normais de serotonina no cérebro, fazendo com que este reaprenda a produzi-la.